Partos em adolescentes caem 30% em dez anos

Foram 485,6 mil partos em 2008 contra 699,72, em 1998. Queda deve-se ao acesso a políticas de saúde. MS realiza ações de incentivo para jovens procurarem os serviços

O número de partos realizados na rede pública de saúde em meninas entre 10 e 19 anos caiu 30,6% nos últimos dez anos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2008, foram feitos 485,64 mil partos contra 699,72 mil em 1998. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a redução ultrapassou 35%. A queda na quantidade de adolescentes grávidas no Brasil deve-se, principalmente, ao acesso às políticas de prevenção e orientação sobre saúde sexual.

Os postos de saúde no país disponibilizam, gratuitamente, métodos contraceptivos. A compra de preservativos masculinos, por exemplo, chegou a um bilhão em 2008, a maior feita por um governo no mundo. Até setembro deste ano, foram encaminhados aos estados e municípios 311 milhões de camisinhas masculinas. Essa oferta tem impacto grande na realidade dos jovens e adolescentes. A Pesquisa sobre Comportamento, Atitudes e Práticas Relacionadas às DST e Aids na População Brasileira de 15 a 64 anos, lançada pelo próprio ministério em junho, mostrou que 41,4% das moças e rapazes entre 15 e 24 anos pegaram preservativos gratuitamente nos 12 meses anteriores ao estudo. Os principais locais para isso são os postos de saúde (37,7%) e as escolas (16,5%).

O aumento no número de equipes de Saúde da Família também reflete no acesso a informações sobre planejamento familiar as comunidades da capital e cidades do interior. Atualmente, esses profissionais atendem 49% da população, levando informações sobre prevenção de gravidez, saúde sexual e reprodutiva aos adolescentes e jovens das cidades atendidas. Em 2000, o índice de cobertura era 15,7%. O total de equipes trabalhando em todo o país saltou de 7,6 mil para 29,7 mil.

RESULTADOS - “Por causa dessas iniciativas, meninas e meninos estão mais informados sobre saúde sexual e reprodutiva e têm mais acesso a preservativos e métodos contraceptivos”, afirma a coordenadora da área de Saúde do Adolescente e do Jovem do Ministério da Saúde, Thereza de Lamare. Ela destaca ainda como fundamental na redução do número de partos entre adolescentes os programas que unem saúde e educação, como Saúde nas Escolas e Prevenção e Saúde nas Escolas.

Essas duas iniciativas levam aos alunos da rede pública informações sobre puberdade, saúde reprodutiva, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e sobre o sexo seguro. “Um dos grandes desafios nessa área é educar e orientar o jovem”, destaca Thereza de Lamare. Com o intuito de melhorar o acesso dessa parcela a informações sobre saúde, o Ministério da Saúde realiza, a partir do dia 22 de setembro – Dia Nacional da Juventude, uma série de ações para incentivar o adolescente a procurar os serviços de saúde.

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Fonte: Ministerio da Saúde
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