Saúde de Sergipe mobiliza agentes comunitários para a redução da mortalidade infantil
Para cada grupo de mil crianças sergipanas nascidas vivas, 30 morrem antes de completarem um ano de idade. Estimado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse dado não traduz a realidade de Sergipe, segundo o secretário de Estado da Saúde, Rogério Carvalho. "A real taxa de mortalidade infantil no estado é de 17,5 óbitos para cada grupo de mil crianças nascidas vivas", garantiu.
Com o objetivo de mudar esse cenário contraditório entre os dados oficiais e a realidade, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) está mobilizando os agentes comunitários de saúde de todos os 75 municípios sergipanos. A idéia é sensibilizá-los para a necessidade de registrarem os nascimentos e óbitos de crianças que ocorrem em suas áreas de atuação.
"Precisamos extratificar os dados, informando, por exemplo, a idade em que a criança foi a óbito, se nas primeiras 48 horas de vida, se com uma semana ou 30 dias de nascida. Só assim poderemos definir o foco do gestor no combate à redução da mortalidade infantil em Sergipe", conclamou Rogério Carvalho, na abertura de mais uma oficina intitulada "Busca Ativa de Óbitos e Nascidos Vivos Utilizando os Agentes Comunitários de Saúde".
O evento realizado nesta manhã se constitui na segunda etapa de um processo iniciado no último dia 3 com agentes comunitários de Nossa Senhora do Socorro. Nesta quarta-feira, 9, participaram da oficina, no Hotel Parque dos Coqueiros, cerca de 900 agentes de 30 municípios, localizados nas regionais de Aracaju e Propriá. A realização do evento ficou a cargo da Diretoria de Atenção Epidemiológica da SES.
Ao todo, serão cinco etapas de capacitação. O último momento está marcado para o próximo dia 14, com os agentes da capital e dos municípios que integram as regionais de Nossa Senhora da Glória e Lagarto. "Sergipe tem cobertura de 100% de agentes comunitários de saúde. Eles somam quatro mil e todos estão sendo capacitados para essa tarefa de registrar óbitos e nascidos vivos", destacou a diretora da Atenção Epidemiológica, Giselda Melo.
Segundo ela, esses profissionais irão comunicar óbitos de crianças e nascimentos através do telefone 0800-282-2822, que irá funcionar 24 horas. A informação será repassada para a gestão municipal, que fará o registro no Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) ou no Sistema de Informações de Nascidos Vivos (Sinasc). "Assim, teremos dados reais das taxas de mortalidade infantil e nascimento em Sergipe", finalizou Giselda Melo.
Vejam algumas fotos em nosso mural de fotos.
Fonte: SES